terça-feira, 5 de junho de 2012

I - Contexto histórico no Brasil e antecedência histórica na Europa

O romantismo no Brasil

O chamado Romantismo foi um período literário que surgiu Séc. XIX na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas. Teve seu período áureo no Brasil entre 1830 a 1880, despontando Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves na poesia, José de Alencar na prosa e Martins Pena no teatro. O Romantismo opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. É caracterizado por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado.

O Romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político .No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. Algumas atitudes foram se consolidando e ao chegarem à França, receberam um vigoroso impulso graças à Revolução Francesa de 1789.


II - Nacionalismo


O Romantismo no Brasil fundamentou-se em três estilos românticos: o nacionalismo, o egocentrismo e a liberdade de expressão. O nacionalismo ou indianismo visava a valorização das particularidades locais opondo-se ao registro de ambiente árcade, que se pautava pela mesmice, vendo pastoralismo em todos os lugares. No romance indianista ou nacionalista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.


III - Byronismo ou Mal-do-século


Uma das características do Romantismo no Brasil foi o chamado  "mal do século", que é nada mais do que  uma "enfermidade moral" e não física. No final do Romantismo, o poeta Baudelaire produz um célebre verso: "Infelizmente eu já li todos os livros e minha carne está triste." É uma síntese desse tédio que conduz os poetas a uma espécie de sentimento mórbido de insatisfação e de manso desespero. Algo próximo da sensação de absurdo da vida. Em A confissão de um filho do século, Alfred de Musset tenta decifrar o nascimento desta sensação incômoda de náusea e desilusão. Um sentimento de inexprimível mal-estar começou a fermentar em todos os corações jovens. Condenados à inércia pelos soberanos do mundo, entregues aos medíocres de toda a espécie, à ociosidade e ao enfado, os jovens viam distanciar-se as ondas espumantes para as quais haviam preparado os seus braços. Todos esses gladiadores, lambuzados de azeite, sentiam no fundo da alma um tédio insuportável.


IV - Condoreirismo ou hugoana



O chamado Condoreirismo ou hugoana ocorreu durante 1888-1889, ao mesmo tempo em que ocorria a abolição da escravatura e a proclamação da república. Era influenciado pelos acontecimentos sociais, discursava sobre liberdade, questões sociais,e o abolicionismo.

Era caracterizado pelo uso de exclamações, exageros, apóstrofes, retrarava a mulher  presente, carnal, volta-se para o futuro,o esperado progresso, lutava pela liberdade nas temáticas sociais, mais ainda sim fala sobre o amor. O condor simboliza a liberdade, por isso geração condoreira.


V - Teatro romântico


Na dramaturgia, teatro, o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.


VI - Período de transição do Romantismo para o Realismo Manuel Antônio de Almeida


Após esse período literário chamado Romantismo houve uma transição para o período chamado Realismo. A desilusão com o fracasso dos ideais do liberalismo, a miséria das cidades e a crise da produção no campo, as más condições de vida da maioria da população, contrapostas aos privilégios da burguesia, explicam a substituição do idealismo romântico por uma visão mais objetiva e desiludida da realidade, que era o chamado Realismo. Durante a transição as obras escritas pelos chamados de autores de transição eram marcadas pela mistura de elementos românticos e realistas. O representante francês dessa transição é Honoré de Balzac.


Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo_no_Brasil
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/realismo/realismo-1.php
http://www.soliteratura.com.br/romantismo/romantismo05.php
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20101020174445AAAjvH7
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20081108165137AAFA64E